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O Indicador de Situação Previdenciária: Importância para a Gestão dos RPPS

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Apesar de sua importância crescente, muitas pessoas ainda não estão familiarizadas com o Indicador de Situação Previdenciária (ISP-RPPS). Este indicador, que será um fator determinante para a certificação de dirigentes, conselhos, comitês e gestores de recursos a partir de 31 de dezembro de 2025, é uma ferramenta essencial para avaliar a saúde financeira, atuarial e de gestão dos Regimes Próprios de Previdência. A Portaria nº 14.762, publicada em 19 de junho de 2020 pelo Ministério da Economia, a época, através da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, estabelece diretrizes claras para a composição, metodologia de aferição e periodicidade do ISP-RPPS.

Objetivo e Importância do ISP-RPPS

O ISP-RPPS é uma ferramenta essencial para a definição do perfil de risco atuarial dos RPPS. Ele é publicado anualmente pela Secretaria de Previdência e serve de base para monitorar a situação dos regimes próprios de previdência dos entes federativos. Essa análise é fundamental para assegurar a sustentabilidade dos RPPS, uma vez que esses regimes são responsáveis por gerir os recursos previdenciários de servidores públicos, garantindo o pagamento de benefícios futuros.

Composição do ISP-RPPS

A composição do ISP-RPPS é baseada em uma série de dados e informações enviados pelos entes federativos através de sistemas específicos como o CADPREV e o SICONFI. Entre os principais demonstrativos utilizados estão:

  • Demonstrativo de Resultado da Avaliação Atuarial (DRAA): Avaliação financeira e atuarial do regime.
  • Demonstrativo da Política de Investimentos (DPIN): Diretrizes de investimento do regime.
  • Demonstrativos de Informações Previdenciárias e Repasses (DIPR): Informações sobre receitas e despesas previdenciárias.
  • Demonstrativos de Aplicações e Investimentos dos Recursos (DAIR): Detalhamento das aplicações e investimentos realizados.
  • Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio de Previdência Social (RREO): Relatório de receitas e despesas do regime.

Além desses demonstrativos, a certificação de regularidade previdenciária e as certificações obtidas no Programa de Certificação Institucional e Modernização da Gestão dos RPPS (Pró-Gestão RPPS) também são consideradas na composição do ISP-RPPS.

Metodologia de Aferição

A aferição do ISP-RPPS é feita através de uma série de indicadores que avaliam diferentes aspectos dos RPPS:

  • Indicador de Regularidade: Verifica a conformidade dos entes federativos com os critérios exigidos para a emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP).
  • Indicador de Envio de Informações: Avalia o grau de transparência no envio das informações exigidas.
  • Indicador de Modernização da Gestão: Identifica os RPPS que adotaram melhores práticas de gestão previdenciária.
  • Indicador de Suficiência Financeira: Avalia o grau de cobertura das despesas previdenciárias pelas receitas do regime.
  • Indicador de Acumulação de Recursos: Mede a capacidade do RPPS de acumular recursos para o pagamento de benefícios futuros.
  • Indicador de Cobertura dos Compromissos Previdenciários: Avalia a solvência do plano de benefícios.

Cada um desses indicadores é classificado em uma escala de A a C, sendo A a melhor classificação. A combinação dessas classificações determina a classificação final do ISP-RPPS.

Periodicidade e Publicação

O ISP-RPPS é divulgado anualmente, com uma data limite para o recebimento dos dados (31 de julho) e um prazo limite para sua publicação (30 de setembro). A atualização do indicador pode ser feita de forma eletrônica, considerando dados enviados após a data limite, para fins de monitoramento contínuo.

Aplicação e Impacto

A classificação do ISP-RPPS influencia diretamente o perfil atuarial dos RPPS, categorizando-os em quatro perfis distintos (I a IV), que refletem a situação atuarial e financeira dos regimes. Essa categorização é importante para a gestão eficiente e sustentável dos RPPS, permitindo aos gestores identificarem áreas de melhoria e implementar ações corretivas quando necessário.

Conclusão

A Portaria nº 14.762/2020, representa um marco na gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social no Brasil. Ao estabelecer critérios claros e uma metodologia robusta para a aferição do ISP-RPPS, a portaria promove maior transparência, eficiência e sustentabilidade na administração dos recursos previdenciários. O cumprimento rigoroso dessas diretrizes é fundamental para garantir a solvência dos RPPS e a segurança dos benefícios previdenciários dos servidores públicos..

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Manoel Junior

Manoel Junior é um profissional com mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro e na educação. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela PUC/RS, Manoel é especialista em estratégias financeiras e educação corporativa, destacando-se por seu conhecimento e abordagem prática.

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Manoel Junior é um profissional com mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro e na educação. Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela PUC/RS, Manoel é especialista em estratégias financeiras e educação corporativa, destacando-se por seu conhecimento e abordagem prática.

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