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Política de Investimentos dos RPPS para 2025: Como Planejar com Base na Resolução 4.963/2021 e Portaria 1.467/2022

Entenda, de forma clara e prática, como este tema impacta a gestão eficiente do seu RPPS.

A elaboração da Política de Investimentos dos RPPS para 2025 exige análise atuarial, cenário econômico, gestão de riscos e conformidade com as normas para garantir a sustentabilidade dos regimes.
Pessoas analisando gráficos e documentos financeiros em reunião, representando o planejamento da Política de Investimentos e a gestão estratégica dos recursos dos RPPS.

Chegou o momento de planejar a Política de Investimentos de 2025 para os RPPS. Esse é um processo fundamental para assegurar a gestão adequada dos recursos públicos, equilibrando riscos e retornos e promovendo a sustentabilidade de longo prazo dos regimes previdenciários. A Resolução CMN nº 4.963/2021 e a Portaria MTP nº 1.467/2022 orientam a elaboração e a execução dessa política, estabelecendo diretrizes que devem ser rigorosamente observadas para garantir a conformidade legal e a saúde financeira dos RPPS.

Estrutura da Política de Investimentos: Pontos Essenciais

A construção da Política de Investimentos exige um entendimento profundo sobre os objetivos e as particularidades do regime, com atenção especial a alguns elementos fundamentais:

Conhecimento do Passivo e Necessidades de Liquidez
O primeiro passo é a análise do passivo atuarial, determinada pelos estudos atuariais do regime. É necessário antecipar os recursos exigidos para honrar os compromissos previdenciários de curto, médio e longo prazos, respeitando a necessidade de liquidez em conformidade com a Resolução 4.963/2021.

Análise da Conjuntura Macroeconômica
A definição da política deve considerar o cenário econômico, tanto interno quanto externo, avaliando projeções de inflação, crescimento econômico e taxas de juros, que impactam o comportamento dos investimentos e as expectativas de retorno.

Definição de Objetivos e Metas de Rentabilidade
Baseado no perfil do passivo e nas condições econômicas, devem ser definidos objetivos claros de rentabilidade. A meta atuarial, essencial para assegurar a solvência no longo prazo, precisa constar explicitamente na política, servindo de parâmetro para a avaliação contínua do desempenho da carteira.

Alocação Estratégica de Ativos (AEA)
A alocação estratégica de ativos orienta a distribuição dos recursos entre classes como renda fixa, renda variável e fundos imobiliários, respeitando os limites definidos na Resolução 4.963/2021 para garantir segurança e diversificação.

Gestão de Riscos
A política deve estabelecer mecanismos para identificar, mensurar e mitigar riscos financeiros e não financeiros, com destaque para riscos de mercado, crédito, liquidez e governança, conforme reforçado pela Portaria 1.467/2022.

Diversificação e Gestão da Carteira
A diversificação é um dos pilares da mitigação de riscos. A política deve evitar concentração excessiva em classes de ativos, setores econômicos ou emissores, promovendo o rebalanceamento periódico da carteira em resposta às condições de mercado.

Avaliação e Revisão Periódica
A Resolução 4.963/2021 e a Portaria 1.467/2022 estabelecem que a política deve ser revista anualmente ou sempre que houver alterações relevantes nos cenários econômico ou atuarial, para assegurar que permaneça adequada e atualizada.

Informações Relevantes para a Elaboração da Política

Para construir uma Política de Investimentos consistente, é indispensável considerar:

  • Perfil do Passivo Atuarial e Estudos de Projeção: Definem as necessidades de liquidez e rentabilidade.
  • Estudos de Cenários Econômicos: Apoiam as decisões de alocação e definição de metas.
  • Análise dos Limites Regulatórios: Garantem a conformidade com as normas vigentes, evitando riscos de penalidades.
  • Indicadores de Desempenho e Relatórios Analíticos: Fornecem bases para decisões de investimentos e estratégias de rebalanceamento.

Conclusão

A elaboração de uma Política de Investimentos bem estruturada é vital para garantir a sustentabilidade dos RPPS. Cumprir rigorosamente as exigências da Resolução 4.963/2021 e da Portaria 1.467/2022 permite ao regime promover uma gestão eficiente, transparente e segura, reforçando a confiança dos servidores e assegurando a continuidade dos benefícios previdenciários para as gerações futuras.

Sua opinião faz toda a diferença.

"Conhecimento é poder”, dizia Francis Bacon — e continua sendo. Para evoluir, é preciso aprender, questionar e aplicar. Só o conhecimento transforma intenção em ação, dúvida em clareza, e esforço em resultado. Quem busca crescer, precisa primeiro entender. E entender exige estudo, curiosidade e coragem para sair do lugar.

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Manoel Junior

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